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Bem-vindos!
Este blog representa um espaço de reflexões, compartilhamentos de saberes e experiências relacionadas à construção de novos percursos metodológicos, estratégias e habilidades que possam contribuir para a formação docente, e, por conseguinte, para a melhoria de nossas práticas didático-pedagógicas na atual conjuntura.
Sou Mitia Risi, professora de Língua Portuguesa e, atualmente, supervisora de um grupo de licenciandos pelo Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID - FALE - UFAL/2020-2022).
Nossa equipe, formada por onze pibidianos, compõe o subprojeto Pibid de Língua Portuguesa da Ufal (Maceió), cujo foco refere-se à abordagem dos multiletramentos em Língua Portuguesa.
Que tal um espaço para compartilharmos nossos estudos e nossas experiências didático-pedagógicas? Pois é! Estamos aqui. Somos os novos pibidianos.
Reflexões sobre a pesquisa de cunho etnográfico e os letramentos sociais (Dia 20 de janeiro de 2021)
O exercício da docência envolve processos complexos, que vão desde os estudos (permanentes), passando pela preparação para atuar, pelo aperfeiçoamento das experiências até os processos de formação continuada. Tudo isso, envolve uma série de procedimentos, técnicas, atitudes e ações, desde a elaboração do material didático até a avaliação do processo e dos atores envolvidos.
Imaginemos um contexto com todos os atores, fatores, as demandas e os entornos relacionados a esse contexto. Imaginemos, paralelamente, as interrelações que se estabelecem e todos os fatores subjacentes ao processo de ensino e aprendizagem.
Pensando nisso, podemos, então, problematizar a relação entre professor e aluno: o estranhamento, a aproximação, os conflitos, o diálogo, a tolerância, a credibilidade, o respeito, a pertinência das ações. Enfim, tudo isso depende de um olhar que capte o outro a fim de compreender sua realidade, suas necessidades, seus interesses, suas capacidades, suas crenças, sua cultura, seu ponto de vista, seus horizontes, seu norte.
A partir dessa problematização, podemos inferir sobre a natureza da etnografia e sua importância para a educação. Os processos de ensino e aprendizagem pressupõem um projeto delineado em torno das seguintes questões norteadoras: Ensinar o quê? Para quem? Com que finalidade? Quais problemas encontramos? Em que contexto? Qual o norte? Quais percursos? Onde conseguimos chegar? O que precisa ser aprimorado?
Na área de linguagens, faz todo o sentido o contexto sócio-histórico-cultural para a perspectiva e as abordagens do ensino. Em outras palavras, vale dizer que o ensino tem de levar em conta as pluralidades de culturas e de linguagens, de modo de manifestação da língua e das múliplas linguagens e modos de expressão.
Com isso, ponderamos de que modo a escola, o ensino de língua materna, o professor de Língua Portuguesa, todas essas instâncias podem assegurar ao aluno a valorização da sua cultura, da sua identidade, do seu contexto, da sua comunidade.
A linguagem é uma das formas que mais aproxima as pessoas. Mas, para isso, todas as variedades devem ser valorizadas. Porque a comunicação só pode fazer sentindo se todos os envolvidos puderem se expressar de forma legítima, construindo sentidos a partir de sua linguagem (e a linguagem é multifacetada), que está assujeitada à cultura de um povo, à sua realidade.
O ensino é um processo dialógico; e o diálogo é a troca de ideias, o encontro ou desencontro de ideias, e de culturas também.
A língua é um fenômeno de cunho político. Se tomada como processo de dominação, não pode traduzir os processos de ensino e aprendizagem, mas reverbera uma forma de violação e opressão.
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